Mas… o que achamos do projeto?

Fala pessoal, como vocês estão?

Então, estamos aqui mais uma vez, todos juntos, para finalmente dizer em um post o que achamos do projeto.

Mas antes, temos que deixar claro que tivemos divergências de opiniões, nada muito distante, mas que ainda são diferenças, o que torna um pouco mais difícil escrever um post coletivo. Isso ficou muito claro com os posts individuais desse mês, em que já expusemos sutilmente o que achamos do projeto. Mas, pra deixar mais claro, estamos deixando esse post, que reúne a opinião dos quatro integrantes.

Primeiramente, devemos dizer que aprendemos sim com o MNM e que tal aprendizado foi positivo. Depois de todo processo, estamos mais livres, temos vontade de ir em lugares de São Paulo que nunca fomos e o mais curioso, percebemos alguns esteriótipos que tínhamos e com isso, pudemos desconstruí-los. Outra coisa interessante foi o nosso amadurecimento, aprendemos coisas que nunca pensávamos que existiam, conhecemos pessoas que antes ignorávamos, ficamos mais próximos de Sampa, o que é sim, positivo.

Entretanto, nada é perfeito e então, devemos levar em conta aquilo que consideramos como aspectos negativos também. O que não gostamos muito no projeto foi o próprio documentário, deu realmente um trabalho imenso, mas não achamos que fomos recompensados, e não estamos falando da nota, apesar dela ser sempre uma pulga atrás da orelha. A produção do nosso documentário foi tranquila, tivemos poucos conflitos, mas não nos sentimos realmente conectados com o resultado final e comparando com o que aprendemos nos três dias de viagem, o processo de filmagem teve uma menor participação na mudança na nossa relação com São Paulo. Para nós, as partes mais legais foram as que promoveram grandes mudanças e como a parte da filmagem não nos promoveu muito disso, acabamos ficando um pouco decepcionados, muito trabalho para pouca recompensa, em relação as filmagens.

Levando em consideração esses pontos, chegamos à conclusão de que o projeto foi legal, mas não tanto quanto esperávamos no começo do ano. Entretanto, não vamos apenas deixar essa conclusão aqui, também queremos deixar algumas dicas para o ano seguinte.

Esse ano fomos todos cobaias (risos), porque nunca tinha sido feito um documentário no MNM. Uma dica para o ano que vem seria deixar um pouco mais sutil o gênero, talvez um filme mais curto, como nos anos anteriores, mas que consiga envolver os alunos com seus temas. Outra dica seria ser um pouco mais aberto em relação ao blog, sentimos muita pressão sobre o blog, o que não nos deixou muito confortável escrevendo nele. Mesmo com essas dicas, queremos dizer obrigado por essa experiência que, mesmo com seus contras, trouxe mudanças na nossa relação com São Paulo, e achamos que é por isso que o MNM deve continuar existindo.

Abraços a todos,

  • Os Blogueiros da Música, reunited once more.

Eu e minha querida Sampa

E ai pessoal, como foram no Enem? Fiz a prova como treineiro, mas me senti bem cansado. Esta imagem diz tudo:

ENEM3

Bom, estou aqui, escrevendo outro post, para contar para vocês, queridos leitores, como está minha relação com São Paulo após os três dias e após o MNM como um todo.

Em primeiro lugar, gostaria de confessar que a minha relação com São Paulo mudou radicalmente com os três dias. Depois de perambular com o Grupo 7 por três longos dias, passei a enxergar a cidade com outros olhos. Como disse em um de meus relatos, muitas das coisas que não reparava, passei a reparar. Perdi preconceitos, principalmente em relação à arte, uma vez que o roteiro do grupo tinha a arte de rua como tema principal. Após os três dias, fiquei realmente com vontade de sair por São Paulo para encontrar informações sobre o meu tema. Deu vontade de ir para a Paulista, de conhecer pessoas que nunca imaginei que pudessem ser tão interessantes. Perdi até o medo de andar de transporte público, o número de vezes que andei de ônibus e metrô para ir para casa aumentou muito.

Durante as filmagens, tive contato com pessoas incríveis, o que ajudou na minha relação com São Paulo. Algo muito importante que ocorreu foi a percepção e a desconstrução de um estereótipo que tinha, o com os próprios músicos. Com o passar do tempo, à medida que realizávamos mais entrevistas e conheciamos pedestres e músicos de rua, percebemos que nós quatro, os integrantes do grupo, tínhamos, no fundo, a impressão de que os músicos estavam na rua pelo dinheiro e a partir dessa noção, desconstruímos o nosso estereótipo para assim fazer o mini-doc. Entretanto, não conseguimos colocar toda essa mudança no mini-doc e no blog, justamente por conta da decaída que tivemos em relação ao projeto , como disse no meu último post. Essa decaída se deve, em linhas gerais, porque estávamos com altas expectativas de recompensa pela desenvolvimento do mini-doc, sendo que estas não se referem a nota, pelo menos ao meu ver, mas, as recompensas que tivemos com o desenvolver do mini-doc são muito menores que as dos três dias.

Para fechar, é claro para mim que o MNM trouxe grandes resultados na minha relação com a cidade e espero que essa relação mude, mas mude para melhor. A única coisa que tenho que confessar é que os três dias proporcionaram uma relação maior entre nós e a cidade do que a própria parte de montagem do documentário. Mas, o MNM, como um todo, realmente tornou mais próxima a minha relação com a minha querida Sampa.

-Reale.

Pensando um pouco sobre o MNM

E ai pessoal, tudo bem?

(OBS: para quem não viu, postamos há algum tempo posts sobre as nossas entrevistas, deem uma olhada neles!)

Bom, já faz um tempo que não escrevo (Reale aqui), mas vamos lá. Para começar, já gostaria de ressaltar que esse post tem como objetivo contar-lhes o que aprendi durante a construção do blog e do mini-doc.

Primeiramente, devo dizer que não achei o MNM o melhor projeto de todos. Tal pensamento se deve ao fato de não ter me sentido recompensado ao ver o filme terminado. Após muito trabalho, não senti uma recompensa válida, e não estou dizendo isso como consequência da nota, até acho que fomos bem na avaliação final; o mini-doc acabou não sendo uma recompensa para o meu esforço.

Entretanto, não posso negar que aprendi algumas coisas no decorrer do processo. Ao sair na rua para filmar os entrevistados, ligar e mandar mensagem para eles acabei criando um vínculo com eles e assim, ouvi histórias legais sobre a relação deles com a cidade. O maior aprendizado que eu tive foi o de não julgar, percebi que só porque alguém toca na rua, não significa que essa pessoa está lá só para ganhar seu dinheiro, ela pode estar querendo divulgar uma arte, uma cultura com todos que passam por aquele ponto. Além disso, foi bem interessante notar alguns estereótipos que eu tinha e conseguir desconstruí-los através do contato com pessoas diferentes. O vínculo que eu tive com os entrevistados também foi muito legal, vire e mexe sou convidado, pelo Facebook, para shows da Marla’s Mind. Esses convites, assim como outras formas de comunicação com os entrevistados, mostrou que o meu grupo também conseguiu ensinar alguma coisa para eles.

Mesmo com todo esse aprendizado, devo confessar que não conseguimos colocá-lo direito no blog e no mini-doc. A explicação que tenho é que o projeto acaba sendo algo mais chato por conta da nota. À medida que todo o processo é algo avaliado, acredito que comecei a pensar o MNM como algo que eu queria fazer, mas, com o passar do ano, passou a ser algo que eu tinha que fazer, a qualquer custo. Como consequência, perdeu-se um pouco do espírito explorador de Sampa, e assim, apesar de ter aprendido com as entrevistas, não sabia colocá-las no mini-doc e não estava querendo me esforçar tanto para algo que já tinha me esforçado muito. Por esta razão, não acho que o blog e o mini-doc transmitam todo o meu conhecimento adquirido, o que com certeza me influenciou quando digo que não me senti totalmente recompensado ao final do processo de construção do mini-doc.

Para concluir, gostaria de deixar claro que sim, tive grandes aprendizados no projeto que levarei comigo a vida inteira, mas, mesmo assim, não me senti recompensado com o projeto, uma vez que perdi, a partir de um determinado momento, meu espírito de explorador e assim, não consegui transmitir bem tudo que aprendi nem nesse blog nem no filme.

Bom galera, acho que é isso,

Um abraço, e para quem fez o Enem, espero que tenham ido muito bem!

Reale.

Voltamos!!!

E ai pessoal, beleza?

Viemos, por meio deste, declarar nossas sinceras desculpas por ter estado ausentes durante estes 3 meses.

Fim de junho: provas bimestrais, né? Não tem como focar no blog…

Julho: férias, tiramos o mês pra descansar e marcar entrevistas porque tava precisando.

Agosto: foco total no trabalho. Entrevistas, filmagens, falta de tempo pra tudo.

Enfim, pedimos desculpas novamente por nossa incapacidade cognitiva de realizar múltiplas tarefas simultaneamente.

Aqui vai uma batata de desculpas…

batata-ou-batata-doce

IPTA: ImPosTo? Amo!

Para aqueles que acompanham o blog, devem ter percebido que eu não fiz nenhum post sobre o roteiro surpresa, tampouco mencionei como foi a minha viagem, ou ainda quais foram as minhas experiências mais marcantes nela. Não só não postei nada disso, como, muito pelo contrário, fui o único que postei por três dias consecutivos minhas impressões sobre documentários diversos (tipo, WTF – What The Chicken -, não tem nada haver com o que meus colegas fizeram). Entender isso é simples: eu não fui pro MNM (Móbile Na Metrópole pros desavisados). Ueeeeeeh?! Não valia nota essa viagem e blablabla…? Não. Juro que não vai ferrar a minha nota no projeto, ele não se resume a apenas a viagem do Estudo do Meio, preocupado leitor. Ademais, a nota não é tudo. O grande lance dessa viagem, o problema real de eu não ter ido à metrópole com meus colegas é que eu fiquei sozinho aqui em São Paulo, sem ter tido experiências marcantes em lugares inimagináveis e incríveis desta cidadezinha que tanto eu achava que conhecia.

De verdade, eu não gosto muito de sair por aí falando o porquê de não ter viajado, mas acho que devo esta explicação ao leitor, a você e a meus colegas que ainda não sabem do porquê disso. Eu não viajei pra São Paulo pelo simples motivo de não conseguir pagar pela viagem. “Pagar pra ficar em São Paulo? WHAT?” Sim. Tinha hotel pra pagar, os monitores da empresa que guiaram os alunos (UGGI),  comida, bilhete único, transporte fretado… E mais um monte de coisa. Mas ainda alguém pode se perguntar: “Tá, tudo bem que tinha um monte de coisa pra pagar, mas por ser em São Paulo, a viagem não deveria ser barata, ou pelo menos acessível?”. Na real, que era pagável, mas era carin. Mas o problema mesmo, mesmo, tava no fato de que a minha mãe foi despedida do emprego e, com isso, apertou a economia de casa. Como a minha família tinha que pagar IPVA, ISS, IR, IPTU, IOF, IDH,  ITR, ICMS, IR de novo, porque é caro pa-dedéu, ITBI, IBPT, IRBES, INSS, II, IE, IPI e PIB, além da INC (Imposto Na Comida), o INE (Imposto Na Escola) e o IDFDMI (Imposto Da Faculdade Da Minha Irmã); como o governo não ajuda com a inflação; e como eu já disse, a minha mãe ficou desempregada recentemente (e o governo não ajuda nestas situações), acabou que, realmente, não deu pra fazer esta despesa extra no mês, então eu só não fui…. O preço foi o mesmo das viagens dos outros anos como ao PETAR, Lagamar, RepLago, Barra Bonita, etc. Mas este ano específico, naquele momento, neste mês, nesta vida, não rolou.

Só uma curiosidade, que não é tão relevante quanto o que os meus amigos disseram sobre os 3 dias em São Paulo nos posts deles: o que eu fiquei fazendo aqui enquanto eles viajavam! (parece animador, mas nem tanto). Basicamente foi o mesmo esquema o tempo todo: eu chegava na escola de manhã, assistia a um documentário, fazia uma resenha sobre ele numa apostila (que depois eu entreguei pros professores), ficava sozinho no recreio comendo uva passa e vendo Anime, voltava pra sala, lia um texto de Humanas (os textos eram mais de Filosofia do que Humanas, mas temo falar isto e professores de outras matérias se sentirem menosprezados, então fica escrito texto de Humanas, mas leia-se nas entrelinhas: texto de filosofia), resumia esse texto DE HUMANAS na mesma apostila, pesquisava um pouco sobre o meu tema (Músicos de Rua) e por último, se sobrasse tempo, fazia um post no blog sobre o documentário que eu vi no dia e caso não sobrasse, eu voltava pra casa e fazia lá. Bom… Foi isso minha vivência super louca e extasiante aqui em São Paulo. Espero que meu post tenha te entretido mais do que essa semana fez a mim, e aqui acho q eu acabo o que eu queria falar com vocês. Um beijo e um abraço pra quem lê!

– Ricardo Feliz